Mounjaro e Ozempic: nova regra da Anvisa muda o jogo

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Anvisa passa a exigir retenção de receita médica para compra de análogos de GLP-1

Uma pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine revelou que medicamentos à base de GLP-1, como Mounjaro e Ozempic, podem levar à redução de até 15% do peso corporal em pacientes com obesidade. Com esse nível de eficácia, o interesse por esses medicamentos explodiu, inclusive no Brasil, de acordo com a IQVIA, as vendas desses remédios aumentaram mais de 600% entre 2018 e 2024.

Em meio a esse crescimento, a Anvisa avaliou um risco à saúde pública e implementou uma nova exigência: desde 23 de junho, a compra de medicamentos análogos de GLP-1, como Mounjaro, Saxenda e Wegovy, só pode ser feita mediante retenção de receita médica. Antes, apenas a apresentação da receita era necessária. 

A medida visa fortalecer a vigilância sanitária e diminuir os riscos associados a automedicação, ou seja, o uso indiscriminado desses fármacos, considerados hoje uma das maiores revoluções no tratamento da obesidade. Ela impacta diretamente tanto pessoas que já usavam os remédios com acompanhamento médico, como quem fazia o uso por conta própria. 

A decisão também abre espaço para modelos mais seguros de prescrição e acompanhamento clínico. É o caso da Voy, plataforma de saúde que oferece uma jornada 100% online: da primeira avaliação médica à gestão completa do tratamento, que é feito de forma personalizada. Quando recomendado, o serviço inclui também a prescrição e entrega dos medicamentos, em conformidade com as normas da Anvisa.

“A exigência de receita retida não deve ser vista como uma barreira, mas como uma evolução. É uma forma de garantir que o tratamento seja feito de maneira responsável, com orientação médica e dentro da legalidade.”, afirma Rodrigo Brunetti, Country Manager da Voy no Brasil.

De acordo com a OMS, cerca de 1 em cada 10 medicamentos em países em desenvolvimento pode ser falsificado, um dado que é alarmante diante do crescimento do uso desenfreado de análogos de GLP-1 sem prescrição. A nova regulamentação busca justamente evitar que o emagrecimento seja tratado de forma leviana, colocando a saúde em risco.

Na Voy, os pacientes têm acesso a uma avaliação com médicos credenciados e só recebem prescrição se a análise clínica orientar o uso de medicamentos. Além disso, a plataforma oferece suporte contínuo, cm orientações sobre alimentação e acompanhamento dos resultados. “Esses medicamentos não fazem tudo sozinhos. Eles devem ser parte de um plano estruturado, com acompanhamento multidisciplinar de diferentes profissionais”, reforça Brunetti.

Com mais de 100 mil pessoas atendidas no Reino Unido, a plataforma de gerenciamento de saúde acredita que a exigência da Anvisa pode funcionar como um divisor de águas para o setor. “A decisão pode criar um novo momento para o tratamento de emagrecimento no país e é um passo importante para colocar o foco onde deve estar: na saúde das pessoas”, finaliza Rodrigo Brunetti.

 

 

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