Versinho lilás: a força da delicadeza na nova poesia brasileira

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Por Cibele Laurentino

A poesia brasileira ganha um novo e delicado sopro de vida com o lançamento de Versinho lilás, obra assinada pela escritora Ana Lucia Franco. Publicado pela Editora Stella, o livro apresenta uma escrita sensível, madura e profundamente conectada à experiência humana. Em cada poema, a autora revela a potência dos sentimentos cotidianos transformados em palavra literária.

Em destaque sua consistência estética e originalidade poética. Versinho lilás não é apenas uma coletânea de versos; é um percurso emocional e existencial que fala sobre amor, esperança, silêncios, perdas e renascimentos  elementos que atravessam a experiência coletiva e individual.

Com uma linguagem depurada e acessível, Ana Lucia Franco constrói poemas curtos, densos e memoráveis. A escolha do lilás como símbolo e título da obra não é acidental: representa suavidade, espiritualidade e transformação  tons que perpassam toda a escrita da autora. O resultado é um livro que acolhe o leitor, provocando reflexão e emoção.

Versinho lilás insere-se com naturalidade no cenário da poesia contemporânea, reforçando a relevância da voz feminina na literatura brasileira atual. Em tempos de urgências e discursos fragmentados, a obra se destaca por oferecer ao público uma pausa poética: um espaço de encontro entre palavra e sentimento.

No reino das formigas 

As formiguinhas todas em fila
passeiam pelo barro vermelho.
Num monte de grama uma ilha

nas asas da abelha um espelho.

Saúvas grandonas e pequeninas
Tão organizadas trabalhadeiras
Deslizam na grama verde e fina
num dia azul-claro, quarta-feira.
Aninha queria saber o que há
na casa de barro das formigas,
imaginava então como era lá,
e assim se fazia de formiguinha
e descobria: eram todas amigas,
no barro brincavam de casinha!
Adquira a obra @editora_stella
Sobre a autora:

Ana Lúcia Franco tem formação em direito e fi -losofia, é editora da Stella Editorial, mas o que sabe mesmo de si é que sempre amou ler e escrever, desde que se entende por gente.

Tem um monte de poemas escritos, guardados em gavetas,papéis avulsos, pendrives. Agora é hora de compartilhá-los.

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