PEÇA CENSURADA DE PLÍNIO MARCOS GANHA NOVA MONTAGEM

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 Espetáculo terá três datas extras, de 7 a 9 de dezembro, no Teatro Gláucio Gill, espaço da Secretaria de Cultura de Estado, FUNARJ

Escrita há quase 50 anos, no ápice da repressão e da censura pela ditadura militar no Brasil, a peça O Abajur Lilás, de Plínio Marcos (1935-1999), ganha nova montagem, idealizada pelas atrizesAnna Paula BorgesChris Melloe por Hugo Ayres. Com estreia no dia 14 de novembro, no Teatro Gláucio Gill, o espetáculo, que cumpre curta temporada até 29 de novembro, sempre às quartas e quintas, terá mais três datas em dezembro, no fim de semana de 7 a 9/12. Com patrocínio obtido por meio da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura- Ministério da Cultura, e apoio da FUNARJ, o projeto tem realização de Filomena Mancuzo.

Com uma linguagem naturalista e visceral, a peça teatral, que só foi liberada pela Censura uma década depois de ter sido escrita, retrata a amarga realidade de personagens marginalizadas e apresenta um universo de violência e opressão onde prostitutas são submetidas aos abusos de um inescrupuloso dono do prostíbulo e seu violento capataz. Um ambiente onde os jogos de poder e os conflitos de interesses podem reduzir o valor da vida a menos que um abajur lilás.

OAbajur lilás  é um texto de resistência e não poderia haver momento mais propício para montá-lo. É uma linguagem sem muitos rodeios, fria, porém poética. Os ideais dos personagens e a maneira como vivem são transparentes como a vida: cruel, gananciosa e frágil”, define Anna Paula Borges.Montar Plínio Marcos é ratificar que somos seres humanos, independentemente de credo ou cor. Os desejos, as palavras e os pensamentos atravessam os personagens e imitam a vida. Ou a vida imita a arte? Salve Plínio!”, completa Chris Mello.

A montagem dirigida por Nello Marreze propõe uma aproximação entre o público e a linguagem de Plínio Marcos, transformando o espectador em um elemento ativo dentro do espetáculo ao romper a divisão entre público e cena. Em uma linguagem atual, que retrata o ‘submundo’ da sociedade brasileira, a encenação busca aprofundar a relação do espectador com este universo, um mundo no qual cada palavra, cada ação, pode ser fatal. Personagens comuns do povo brasileiro, em um ambiente onde a vida parece não ter valor algum.

“Com a proximidade, o público é convidado a entrar em contato com o universo de um quarto de prostíbulo, onde as minorias se digladiam, não se respeitam nem se protegem.

A ideia é vivenciar o submundo sem o distanciamento do palco italiano e, desta forma, ‘desnudar’ os personagens pela proximidade criada pelo formato de arena. Assim, compartilharemos as respirações, expressões físicas e faciais de um mundo que queremos conservar à distância, mas que na verdade está muito perto de nós – o mundo do desrespeito, violência, tortura, seja ela mental ou física”, detalha o diretor Nello Marreze.

Ficha Técnica:

O Abajur lilás

Autor: Plinio Marcos

Encenação: Nello Marreze

Elenco: Anna Paula Borges, Chris Mello, Alexandre Pinheiro, Bruna Castelo Branco e Nil Neves

Direção de Movimento: Dhapine Madeira

Cenário e Figurino: Nello Marreze

Luz: Daniela Sanchez

Trilha Sonora: João Mello e Gabriel Reis

Designer Gráfico: Neto Dias

Fotos Divulgação: Claudia Ribeiro

Assistente de Direção: Hugo Ayres

Apoio de Produção: Fabiana Araujo

Assistente de Produção: Nil Neves

Apoio de Cenografia: Roberto da Rocha

Operador de Luz e Som: Genilson Barbosa

Produção e Realização: Filomena Mancuzo

Idealização: Anna Paula Borges, Chris Mello e Hugo Ayres

Com patrocínio através da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura– Ministério da Culturae apoio da Funarj.

 

Serviço:

Estreia: 14 de novembro

Temporada original:14 a 29 de novembro

DATAS EXTRAS: 7 (SEXTA), 8 (SÁBADO) E 9/12 (DOMINGO)

Horário: 20h

Local: Teatro Gláucio Gill – Espaço da Secretaria de Cultura de Estado – FUNARJ

Endereço: Praça Cardeal Arco Verde s/nº – Copacabana 

Tel: 2332.7904 

Lotação: 50 lugares

Duração: 70min

Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)

Vendas online: Ingresso Rápido

Classificação etária: 16 anos

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