A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou um plano de ataque com explosivos durante um grande evento musical internacional que reuniu milhares de pessoas na capital fluminense. A ação, resultado de uma investigação sigilosa conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), evitou uma possível tragédia em um dos maiores espetáculos de entretenimento realizados no país.
De acordo com informações obtidas por fontes ligadas à operação, o plano teria sido articulado por um brasileiro adepto de ideologias extremistas, que utilizava plataformas digitais para difundir discursos de ódio, realizar apologia ao terrorismo e articular possíveis ações violentas. A detenção do suspeito ocorreu após meses de monitoramento digital, com base em mensagens, publicações e interações em redes sociais.
O investigado demonstrava conhecimento técnico para a fabricação de artefatos explosivos improvisados e chegou a fazer simulações do ataque, descrevendo alvos, rotas de acesso e horários de maior concentração de público. A polícia apreendeu equipamentos eletrônicos, anotações e possíveis materiais utilizados na fabricação de explosivos. A motivação, segundo os investigadores, seria ideológica, com referências a grupos extremistas internacionais e ódio a figuras públicas ligadas à cultura pop e à comunidade LGBTQIA+.
A atuação da DRCI foi determinante para evitar que a ameaça ganhasse forma. A investigação, segundo agentes envolvidos, foi desencadeada a partir de alertas de inteligência e denúncias recebidas por canais oficiais. O trabalho conjunto com outras divisões da segurança pública permitiu a identificação do autor e a neutralização do risco antes que qualquer ação pudesse ser concretizada.
Embora o nome do evento não tenha sido oficialmente divulgado pelas autoridades, a movimentação ocorreu em meio à realização de um show de grande porte que atraiu atenção internacional e contou com a presença de milhares de fãs e turistas. A Secretaria de Segurança Pública do estado ressaltou que todos os protocolos de proteção foram seguidos e que não houve qualquer prejuízo à realização do espetáculo.
O caso levanta novamente o debate sobre o uso das redes sociais como espaço de radicalização e planejamento de crimes, sobretudo em contextos que envolvem grandes aglomerações e personalidades públicas. Especialistas em segurança apontam que eventos de massa precisam de protocolos cada vez mais rigorosos, que integrem tecnologias de monitoramento e inteligência preventiva.
O suspeito foi autuado por crimes previstos na Lei Antiterrorismo e segue à disposição da Justiça. A Polícia Civil destacou que continuará vigilante e atuante para garantir a segurança da população em eventos de grande porte, reforçando a importância da cooperação entre sociedade e forças de segurança na identificação de comportamentos suspeitos.
A ação exemplar da DRCI reafirma o papel estratégico da investigação digital no enfrentamento de ameaças modernas e na proteção de vidas em um cenário global onde a radicalização virtual tem se tornado um desafio crescente para autoridades em todo o mundo.