O cenário artístico de MC Poze do Rodo ganhou novo impulso. A Justiça fluminense derrubou restrições que o impediam de atuar fora do Rio de Janeiro e autorizou a devolução da BMW apreendida em operação policial. A decisão, tomada pela substituta da 1ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá, também suspendeu a obrigação de comparecer mensalmente ao tribunal para prestar contas de suas atividades. O entendimento foi claro: as limitações impostas prejudicavam não apenas o artista, mas também aqueles que dependem economicamente de seus shows.
Apesar dos avanços, permanecem em vigor alguns impedimentos judiciais: Poze deve manter um número de contato ativo com a Justiça, comunicar eventuais mudanças de endereço com antecedência, evitar contato com investigados ou membros de facções criminais e entregar seu passaporte. Essas medidas buscam conciliar o direito de trabalhar do artista com requisitos mínimos de controle processual.
A polêmica que envolveu Poze começou com sua prisão, apontado por apologia ao crime e suposto envolvimento com facção criminosa. A investigação também levantou suspeitas de lavagem de dinheiro e uso de seus eventos como veículos logísticos para a venda de drogas e financiamento de armas. O repertório musical, carregado de expressões relacionadas ao tráfico e ao ambiente das favelas, foi analisado como potencial estímulo de conflitos entre grupos armados.
A reversão das medidas judiciais traz um respiro para MC Poze do Rodo, que agora poderá retomar apresentações em outras regiões e exercer sua atividade profissional com maior liberdade. A decisão judicial acena não apenas para ele, mas para o mercado de entretenimento que depende de sua performance.