Com investimento robusto e ambições elevadas, o Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, dá início a uma nova fase de sua história. As obras de requalificação, que integram a 7ª rodada de concessões aeroportuárias, marcam o começo de um projeto estruturado para transformar o terminal em um centro estratégico da aviação regional e executiva do país.
A concessionária responsável aportará R$ 115 milhões na primeira etapa da modernização — valor que compõe um montante total superior a R$ 146 milhões previstos para o período da concessão. A iniciativa reforça a estratégia nacional de expansão da conectividade aérea, especialmente em regiões com potencial econômico em crescimento, como a Zona Oeste carioca.
Durante a cerimônia de lançamento das obras, autoridades destacaram o potencial transformador do aeroporto. A ideia é que Jacarepaguá vá além da atual função de apoio offshore às plataformas de petróleo na Bacia de Santos, e se torne um novo hub de conexões, com capacidade para voos regionais, executivos e até comerciais de curta distância.
A chamada Fase 1-B das obras prevê uma série de intervenções estruturais. Entre elas, estão a construção de cerca operacional, nova via de serviço, área de segurança no fim da pista, nivelamento e reforço da pista de pouso e decolagem, além da substituição do sistema PAPI, modernização do balizamento luminoso e reorganização das posições de estacionamento. O pátio de aeronaves também será ampliado e receberá nova iluminação.
Mesmo antes da entrega total das obras, o aeroporto já passou por melhorias importantes. O Terminal de Passageiros foi reformado e recebeu uma sala VIP. Estão previstas ainda a revitalização da fachada e a construção de um boulevard voltado à convivência e ao conforto dos usuários.
O modelo de financiamento adotado chama atenção: mais de 8 mil investidores pessoas físicas participam do projeto, por meio de um fundo de infraestrutura, evidenciando o interesse da sociedade civil em iniciativas que ampliam o capital logístico do país. Esse envolvimento é visto como um diferencial que fortalece a percepção de que o investimento em infraestrutura aeroportuária é, também, uma aposta no desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Jacarepaguá, bairro historicamente ligado à produção agrícola e atualmente sede de mais de 20 mil empresas, se consolida como polo econômico e urbano da capital fluminense. O aeroporto, inserido nesse contexto dinâmico, ganha relevância não apenas pela sua função operacional, mas como motor de novas oportunidades, sobretudo para o turismo de negócios e a aviação de pequeno e médio porte.
Com a requalificação em curso, Jacarepaguá se prepara para sair da sombra dos grandes terminais cariocas e assumir um papel de destaque no céu do Brasil.